Muitas pessoas que utilizam
seus veículos diariamente não se atentam para um item que é esquecido por
pura distração e que só é lembrado quando algo inesperado acontece. Estou
falando dos pneus, componentes de importância vital para uma boa condução e
manutenção da segurança de todos os usuários.
Quando se fala em pneu,
pensa-se automaticamente na calibragem. É óbvio que esse procedimento é
importante para mantermos sempre os pneus na calibragem correta, porém temos
alguns outros cuidados que devem ser tomados para garantir o correto
funcionamento desse componente vital.
O pneu (ou pneumático - nome real) é composto basicamente de borracha e negro de fumo, componente este que dá ao pneu a coloração preta e também maior durabilidade, pois sem esse componente, o pneu se desgastaria precocemente.
O pneu, além da borracha, é constituído de malha de aço e malha de nylon para que o mesmo tenha rigidez e resistência a impactos e não se deforme com o peso do veículo.
Detalhe da construção de um pneu radial
Os pneus podem ser simétricos e assimétricos (bidirecionais ou direcionais).
Simétricos: possuem o desenho dos sulcos da banda de rodagem iguais.
Assimétricos: possuem o desenho dos sulcos da banda de rodagem diferentes.
Bidirecionais: podem ser instalados em qualquer sentido de rotação.
Direcionais: devem ser instalados em um único sentido de rotação, indicado pelo fabricante.
Sendo assim, vamos listar alguns cuidados que devemos ter e os itens a serem
verificados quando falamos do assunto:
Rodízio
Conforme vimos acima, o formato do pneu irá indicar a forma como iremos efetuar o rodízio dos pneus. Os pneus que estão instalados no eixo de tração serão aqueles que irão se desgastar mais rapidamente, por isso temos a necessidade de efetuar o rodízio, para que os pneus se desgastem por igual.
Entretanto, a correta execução do rodízio é fundamental para garantirmos essa condição de desgaste equivalente e também a segurança ativa do veículo e de seus passageiros. Vamos ver como proceder na figura abaixo:
Demonstração de como efetuar o rodízio de acordo com o tipo de pneu utilizado e tração
Outro detalhe importante: deve-se buscar a instalação dos pneus menos desgastados sempre no eixo TRASEIRO, independente do eixo de tração do carro. Isso se deve ao fato de o eixo traseiro ser o responsável pela estabilidade do veículo em condições extremas, como por exemplo em uma curva acentuada.
Devido à distribuição de peso mais concentrada na dianteira, em virtude da instalação do motor neste eixo, as chances de o veículo derrapar o eixo traseiro tornam-se maiores, o que pode ser agravado se neste eixo estiver instalado pneus mais desgastados.
Alinhamento de Direção
Alinhamento de Direção
Juntamente com o rodízio, o alinhamento das rodas é fundamental para o desgaste normal dos pneus.
O alinhamento consiste em ajustar a suspensão em valores pré-determinados pela montadora, que garantem a segurança e a estabilidade do veículo. O alinhamento da direção consiste em 4 processos, a saber:
Convergência: É a regulagem das rodas do eixo direcional para que fiquem um pouco mais fechadas na parte dianteira do que na parte traseira. Uma convergência excessiva faz com que a roda gire com um arraste lateral, resultando em um desgaste excessivo da banda de rodagem na região interna e na área do ombro do pneu.
Divergência: É a regulagem das rodas do eixo direcional para que fiquem um pouco mais fechadas na parte traseira do que na parte dianteira. Da mesma forma que a convergência, a divergência excessiva provoca desgaste excessivo da banda de rodagem na região externa e na área do ombro.
Cambagem: É o ângulo de inclinação das rodas em relação à vertical. O camber é determinado pela inclinação da parte superior da roda, para dentro (positiva) ou para fora (negativa) do veículo. Se o camber for positivo, o desgaste será no ombro externo; e se for negativo, o desgaste será no ombro interno.
Cáster: Principal responsável pela estabilidade do automóvel. Quando o cáster está desigual, isso faz com que uma roda puxe a direção para um determinado lado, o que faz com que o automóvel em linha reta descaia para um dos lados da faixa de rodagem. Desta maneira, independentemente do desgaste dos pneus, os mesmos serão corroídos rapidamente, o que reduz a sua vida útil
O alinhamento consiste em ajustar a suspensão em valores pré-determinados pela montadora, que garantem a segurança e a estabilidade do veículo. O alinhamento da direção consiste em 4 processos, a saber:
Convergência: É a regulagem das rodas do eixo direcional para que fiquem um pouco mais fechadas na parte dianteira do que na parte traseira. Uma convergência excessiva faz com que a roda gire com um arraste lateral, resultando em um desgaste excessivo da banda de rodagem na região interna e na área do ombro do pneu.
Divergência: É a regulagem das rodas do eixo direcional para que fiquem um pouco mais fechadas na parte traseira do que na parte dianteira. Da mesma forma que a convergência, a divergência excessiva provoca desgaste excessivo da banda de rodagem na região externa e na área do ombro.
Exemplos de alinhamentos de direção
Cambagem: É o ângulo de inclinação das rodas em relação à vertical. O camber é determinado pela inclinação da parte superior da roda, para dentro (positiva) ou para fora (negativa) do veículo. Se o camber for positivo, o desgaste será no ombro externo; e se for negativo, o desgaste será no ombro interno.
Cáster: Principal responsável pela estabilidade do automóvel. Quando o cáster está desigual, isso faz com que uma roda puxe a direção para um determinado lado, o que faz com que o automóvel em linha reta descaia para um dos lados da faixa de rodagem. Desta maneira, independentemente do desgaste dos pneus, os mesmos serão corroídos rapidamente, o que reduz a sua vida útil
Balanceamento das Rodas
Consiste em distribuir as massas no conjunto pneu/roda. O contra peso (chumbo) é utilizado para compensar a área da roda que apresenta desigualdade de peso favorecendo o equilíbrio no conjunto.
Percebe-se que uma roda está desbalanceada quando ocorre trepidação excessiva em velocidades superiores a 60 km/h. Tais vibrações podem ser sentidas no volante, o que indica desbalanceamento nas rodas dianteiras ou em toda a carroceria, indicando desbalanceamento nas rodas traseiras.
Consiste em distribuir as massas no conjunto pneu/roda. O contra peso (chumbo) é utilizado para compensar a área da roda que apresenta desigualdade de peso favorecendo o equilíbrio no conjunto.
Percebe-se que uma roda está desbalanceada quando ocorre trepidação excessiva em velocidades superiores a 60 km/h. Tais vibrações podem ser sentidas no volante, o que indica desbalanceamento nas rodas dianteiras ou em toda a carroceria, indicando desbalanceamento nas rodas traseiras.
Balanceamento estático e dinâmico de um conjunto roda/pneu
Calibração
Cada fabricante estipula a
calibração ideal, em função do peso do veículo, velocidade, número de
passageiros, etc. Essa informação está disponível no manual de manutenção e
também em etiquetas coladas nas colunas dianteiras. É importante seguir o que
está recomendado pelo fabricante, pois esses dados são adquiridos após diversos
testes em laboratório e em campo.
Não coloque nem acima nem
abaixo da recomendação do fabricante. Calibração acima da estipulada causa
desgaste prematuro do centro da banda de rodagem e redução da área de atrito,
podendo ocasionar a perda de eficiência no momento da frenagem, além de
aumentar o desconforto no interior do veículo, pois o carro passa a “pular”
mais. Por outro lado, uma calibração abaixo da estipulada causa desgaste
prematuro das extremidades da banda de rodagem, ocasionando um maior consumo de
combustível e emissão de gases poluentes e diminuindo consideravelmente a vida
útil do pneu.
Evite calibrar os pneus após efetuar um grande deslocamento. Isso porque os pneus já estarão aquecidos e o ar que está em seus interiores se expandem com o aumento de temperatura. Calibrar os pneus nessa condição pode induzir a erro, pois haverá variação de pressão em função da temperatura do pneu e, consequentemente a pressão interna será maior com uma quantidade menor de ar.
Não se esqueça de calibrar o estepe também. Como normalmente o estepe só é lembrado quando há a necessidade de usá-lo, deve-se calibrá-lo com uma pressão um pouco acima da pressão recomendada, garantindo assim que o mesmo esteja com pressão adequada em caso de emergência.
Não se esqueça de calibrar o estepe também. Como normalmente o estepe só é lembrado quando há a necessidade de usá-lo, deve-se calibrá-lo com uma pressão um pouco acima da pressão recomendada, garantindo assim que o mesmo esteja com pressão adequada em caso de emergência.
Tipos de calibragem dos pneus e áreas de contato, indicando
desgaste prematura da banda de rodagem e perda de eficiência.
Condições Gerais
Deve-se inspecionar
periodiamente o estado geral dos pneus, pois as condições precárias de nossas
ruas e estradas diminui a vida útil desses componentes.
Verifique se o pneu não possui
bolhas nas laterais. Essas bolhas surgem normalmente após a batida do pneu em
um buraco ou meio-fio. Caso tenha ocorrido, porcure substituir o pneu
danificado o mais breve possível, pois a bolha indica que a estrutura do pneu
foi danificada e, consequentemente um estouro poderá ocorrer, causando um
acidente.
Bolha nas laterais indica deformação da estrutura do pneu, o que
pode ocasionar futuramente um estouro e até um acidente sério.
Pneus em média duram
aproximadamente 40 mil quilômetros, podendo variar para mais ou menos,
dependendo da condição de utilização e dos cuidados tomados. Deve-se verificar
a profundidade dos sulcos, aparecimento dos arames da estrutura do pneu,
desgaste em um ponto específico da banda de rodagem e objetos que por ventura
possam ter entrado (pregos, pedras, etc.).
Pneu com desgaste acentuado e irregular, com o surgimento dos
arames da estrutura, ocasionado dificuldade de controle do veículo
e perda de eficiência de frenagem e condução em pisos molhados
Todos os pneus possuem uma
marca referência nos sulcos (TWI - Tread Wear Indicator), de forma que é bem simples identificar o
momento da reposição do pneu. Caso não consiga visualizar essa marca, o limite
mínimo de profundidade é de 1,6 milímetro. Abaixo desse valor, o pneu está
“careca”, necessitando de substituição imediata.
Marca que, se estiver na mesma altura do sulco, identifica
a hora de substituir o pneu por um novo, de mesmo tamanho
Escolhendo o pneu
Cada veículo possui um tipo
específico de pneu, que é dimensionado em função do projeto do carro. Desta
forma, é importante instalar o pneu de acordo com a dimensão indicada pelo
fabricante, a fim de evitar problemas de montagem e segurança do veículo.
Todo pneu tem uma “sopa de
letrinhas” inscrita nas suas laterais, que indicam informações sobre tamanho,
raio, tipo, entre outras informações abaixo mostradas:
Inscrições na lateral, indicando as características do pneu
Espero que essas informações possam
ajudá-los a cuidar dos pneus do carro e evitar uma surpresa desagradável. Para
maiores informações, entre em contato pelo formulário da página ou envie um
e-mail para
fbbarbuto@gmail.com ou acesse http://pt.wikipedia.org/wiki/Pneu
fbbarbuto@gmail.com ou acesse http://pt.wikipedia.org/wiki/Pneu
Excelente matéria. Estarei ligado nesse blog pra ficar por dentro dos assuntos! Aproveito para agradecê-lo imensamente pois graças a você deixei de gastar uma boa quantia limpando TBI, bicos, trocando filtro de combustível, etc etc sendo que o meu problema era apenas as velas. Se não fosse a sua dica eu teria ido na onda do mecânico e gastado mais que triplo. Valeu!!!
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